A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo salientou a importância da Casa dos Vulcões, enquanto mais um investimento do Governo dos Açores que proporciona “uma maior divulgação do património geológico dos Açores e de toda a sua geodiversidade”, “com base em critérios científicos adaptados ao turismo de preservação”.
Marta Guerreiro falava na sessão de lançamento da primeira pedra da obra Casa dos Vulcões, um projeto desenvolvido pela SAMI-Arquitetos e com conteúdos da Aula do Risco, tendo a empreitada sido adjudicada à empresa Marques, S.A., com um prazo de execução de 15 meses, representando um investimento total de 2.140.500€.
“A Casa dos Vulcões contará com uma exposição permanente idealizada, tendo por base um conjunto de módulos que contam a história dos vulcões dos Açores e do Mundo”, frisou a titular da pasta do Ambiente.
A Secretária Regional referiu a Cápsula Sensorial, “constituída por um domo geodésico representando um veículo destinado a realizar viagens imaginárias ao centro da Terra e onde serão efetuadas projeções audiovisuais sobre o poder dos vulcões”, e o Simulador de Sismos, “que permite simular, com grande realismo, sismos já ocorridos, uma experiência que será acompanhada de imagens e sons desses eventos”.
“Prevê-se, ainda, uma área educativa, o Cantinhos dos Vulcões, que fará com que seja, não apenas um centro de interpretação orientado para os turistas e público em geral, mas também um espaço de conhecimento e aprendizagem dirigido aos mais novos, onde serão desenvolvidas práticas cognitivas específicas, incluindo uma oficina de desenho, modelação e impressão 3D”, reforçou Marta Guerreiro.
Para a governante, “a intervenção promove a recuperação do património edificado do núcleo do Lajido de Santa Luzia, ao ser executada com base nas ruínas destes dois armazéns tradicionais, propriedade da Região”, acrescentando que, do ponto de vista dos conteúdos científicos, “deve existir uma forte relação com equipas de investigação, nomeadamente da Universidade dos Açores, mas também ligações permanentes com instituições congéneres, nacionais e internacionais, promovendo o intercâmbio de exposições e outras iniciativas, e facilitando o patrocínio partilhado de projetos de interesse comum.”
A Casa dos Vulcões situar-se-á em pleno núcleo da Paisagem Protegida da Cultura da Vinha do Pico, classificada pela UNESCO como Património Mundial, o que evidencia “a proximidade” do novo espaço com o edifício sede do Parque Natural do Pico e com o Centro de Interpretação da Paisagem da Cultura da Vinha, constituindo “uma significativa ampliação das valências existentes aqui no Núcleo do Lajido de Santa Luzia”, realçou Marta Guerreiro.
Na sua intervenção, a Secretária Regional salientou, ainda, que a rede de 27 centros de interpretação registou, de ano para ano, uma procura gradual, com cerca de 400 mil visitantes em 2016, e um crescimento de 12,8% no número de visitantes e de 14,4% nas receitas, até agosto de 2017, face ao período homólogo.