A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo afirmou hoje que a valorização do património ambiental passa também, e muito, pela preservação das especificidades locais, adiantando que está a ser feito um trabalho para a classificação das jazidas fósseis de Santa Maria e para a implementação do seu estatuto de proteção.
Marta Guerreiro frisou que “está em causa a proteção e a manutenção da paleobiodiversidade, bem como da integridade dos valores geológicos e dos recursos e valores naturais e culturais que lhes estão associados na ilha de Santa Maria”.
A titular da pasta do Ambiente falava após ter realizado, no âmbito da visita estatutária a Santa Maria, o trilho marítimo Rota dos Fósseis e desembarcado na jazida fóssil da 'pedra-que-pica', um ex-libris desta ilha.
Para Marta Guerreiro, “a divulgação do rico espólio existente na ilha, onde se inclui a maior jazida multiespecífica de fósseis a céu aberto do Atlântico norte, promove a diversificação da oferta de turismo de natureza dos Açores”.
“O Governo dos Açores desenvolveu ao longo dos últimos anos um conjunto de iniciativas, com destaque para a Rota dos Fósseis, para o circuito interpretativo da Pedreira do Campo e para a Casa dos Fósseis, numa lógica de proteção e de divulgação do património geológico e paleontológico de Santa Maria”, salientou.
A Secretária Regional frisou que a mais oriental e antiga ilha do arquipélago dos Açores “possui fósseis marinhos únicos no contexto regional e nacional", acrescentando que as suas jazidas fossilíferas "constituem um verdadeiro laboratório ao ar livre com relevância internacional, conforme atestam estudos científicos recentes”.
“Pelas suas particularidades, a história e o património geológico e paleontológico de Santa Maria exigem uma interpretação e divulgação acessível a todos os que vivem ou rumam à ilha”, reforçou Marta Guerreiro.