Governo dos Açores já analisou candidatura para nova unidade fabril de laboração de atum no Pico
O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia frisou hoje, na Madalena, que a candidatura apresentada para a construção de uma nova unidade fabril no Pico, na área da transformação de atum, foi analisada “num tempo recorde”.
“A responsabilidade agora está do lado da empresa, que terá de responder às questões que foram colocadas”, afirmou Gui Menezes, em declarações aos jornalistas no final de uma audição na Comissão de Economia da Assembleia Legislativa, acrescentando que, “se tudo correr bem, no final deste mês talvez possamos ter a candidatura aprovada, como estava definido”.
O Secretário Regional referia-se à candidatura a apoios comunitários apresentada pela empresa PDM, Transformação e Comércio de Pescado, Lda., para a construção de uma nova fábrica no mesmo local da atual unidade fabril da Cofaco.
Gui Menezes adiantou que foram enviadas à empresa na segunda-feira "duas questões a que terá de responder em 10 dias” para que o projeto seja aprovado.
“É necessário agora que a empresa aumente o capital social em cerca de 1,1 milhões de euros”, na medida em que tem de suportar com capitais próprios 15% do valor total do investimento, disse o Secretário Regional, sendo que esta é uma exigência da regulamentação dos apoios do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas.
O projeto da nova unidade fabril, a construir no mesmo local da atual fábrica, contempla um investimento elegível de 6,7 milhões de euros, sendo que contará com o apoio público na ordem dos 65%, nomeadamente de cerca de 1,1 milhões de euros por via do orçamento regional e cerca de 3,3 milhões de fundos comunitários.
Durante a audição, o Secretário Regional sublinhou que o Governo dos Açores envidou esforços para que a unidade fabril da Cofaco do Pico “não deixasse de laborar sem que a empresa apresentasse antes uma candidatura a apoios comunitários para o projeto de uma nova fábrica”.
Gui Menezes criticou ainda o “aproveitamento político” dos partidos da oposição durante o processo laboral da Cofaco do Pico, referindo que, “infelizmente, nestes processos, a administração é muito atacada por fazer e por dizer ou por não fazer e por não dizer”.
“Lamento profundamente que algumas forças políticas se tenham aproveitado dos trabalhadores da Cofaco para atingirem o Governo Regional e para tentarem colocar no Executivo açoriano o ónus do que quer que fosse”, disse.
“Neste processo, e fosse com que promotor fosse, sempre atuámos dentro da legalidade e a nossa primeira preocupação foram os trabalhadores e a economia do Pico”, frisou Gui Menezes.