A Secretária Regional da Solidariedade Social revelou esta
manhã, em Ponta Delgada, que os programas de Educação Parental promovidos pelo
Governo dos Açores já abrangeram cerca de 2500 participantes desde a sua
implementação.
Na abertura do II Fórum de Educação Parental, promovido
através do Instituto da Segurança Social dos Açores, Andreia Cardoso afirmou
que “não há dúvida que a Região evoluiu muito no que à Educação Parental diz
respeito.”
“Além da diversificação dos programas, que foram abrangendo
diferentes faixas etárias, os programas aplicados nos Açores também cresceram
no sentido de abranger outras figuras parentais que não apenas os pais e têm,
pelo seu sucesso, motivado a capacitação de um número cada vez maior de
técnicos e de técnicos de diferentes respostas sociais na área da Infância e
Juventude”, salientou.
Na Região, a intervenção familiar em matéria de educação
parental teve início em 2011, com um projeto-piloto desenvolvido na ilha de São
Miguel, entretanto alargado às ilhas Terceira e Faial em 2013, e ao Pico em
2016.
De acordo com a secretária regional, desde a sua
implementação, os vários programas abrangeram um total de quase 2500
participantes, entre pais e outras figuras parentais, crianças e jovens,
educadores de infância e profissionais que desenvolvem a sua atividade nas
Casas de Acolhimento Residencial da Região.
Não obstante, Andreia Cardoso ressalva que “os resultados
não se medem só pelos números”, sendo já possível observar e quantificar
mudanças nas posturas quer das figuras parentais, quer das crianças e jovens,
os quais têm vindo a abandonar práticas negativas ou coercivas e sequentes
problemas comportamentais, substituindo-os por práticas positivas não apenas no
contexto familiar, mas de igual modo no contexto escolar.
“Decorrente de um maior envolvimento por parte dos pais no
percurso escolar dos seus filhos, é também observável o impacto destes
programas na promoção do sucesso escolar”, salientou a governante, referindo
registar-se “um aumento muito expressivo da procura por parte dos próprios pais
e outras figuras parentais, que integram, voluntariamente, os vários
programas.”
Os resultados obtidos motivaram a inclusão da Educação
Parental na Estratégia Regional de Combate à Pobreza e à Exclusão Social
2018-2028, diz Andreia Cardoso, estando previstos reforços, quer ao nível da
formação de técnicos, quer no aumento do número das atividades dinamizadas
junto das famílias.