Programas de Educação Afetivo-Sexual pretendem que as crianças e jovens valorizem relações afetivas saudáveis, afirma Andreia Cardoso
A Secretária Regional da Solidariedade Social disse hoje, em Angra do Heroísmo, que o Programa de Educação Afetivo-Sexual visa contribuir para promoção de competências na área dos afetos e da educação sexual, através de atividades lúdico pedagógicas para crianças entre os 7 e os 10 anos.
“Estamos a dar corpo à nossa vontade de que as nossas crianças e jovens valorizem o estabelecimento de relações afetivas saudáveis, assegurando-lhes competências para tal, num contexto particularmente vulnerável como é o das crianças sob o sistema de promoção e proteção”, afirmou Andreia Cardoso, que falava à margem da visita a uma sessão do programa, no âmbito dos programas de Educação Parental, no Instituto Nossa Senhora do Livramento.
Este programa consiste num jogo de tabuleiro e será aplicado semanalmente, com a duração mínima de oito sessões de 90 minutos, até um máximo de 10.
“O objetivo deste jogo é o desenvolvimento de competências que permitem uma vivência saudável da sexualidade, através de um conjunto de temas, tarefas e linhas de reflexão que permitam uma crescente consolidação das aquisições ligadas à sexualidade”, adiantou a Secretária Regional.
Na ocasião, destacou como objetivos desta formação “melhorar os relacionamentos afetivo-sexuais entre os jovens, contribuir para a redução de possíveis ocorrências negativas decorrentes dos comportamentos sexuais, como gravidez precoce e infeções sexualmente transmissíveis, e concorrer para a tomada de decisões conscientes na área da educação para a saúde - educação sexual”.
Andreia Cardoso acrescentou que esta formação integra um leque mais alargado de iniciativas de fortalecimento das competências das crianças e jovens que estão sob o sistema de proteção e promoção.
“Esta iniciativa vem juntar-se a outras, como o investimento na promoção de competências de autonomia com vista à transição para a vida adulta dos jovens que estão nas casas de transição, ou seja, dirigidas aos mais velhos, ou a formação no âmbito do projeto Vinca, que visa a promoção do desenvolvimento da vinculação afetiva em crianças mais novas, até aos seis anos”, salientou.
A Secretária Regional referiu ainda o programa Conecta, destinado a adolescentes com famílias em situação de conflito, no qual se trabalha com o jovem a promoção de uma convivência familiar ajustada, o fomento de comportamentos ajustados e o apoio às atividades escolares e formativas.
“As crianças estão referenciadas como grupo estratégico específico da nossa intervenção, assumindo para este quadriénio os mais novos como prioridade”, assegurou a responsável pela pasta da Solidariedade Social.
“Este programa vem ao encontro e está completamente alinhado com III Plano Regional de Combate à Violência Doméstica e de Género, nomeadamente no que diz respeito à importância de desenvolvermos ações de prevenção e sensibilização dirigidas a crianças e jovens com o intuito de promover relacionamentos afetivos saudáveis”, acrescentou Andreia Cardoso.