A Diretora Regional da Solidariedade e Segurança Social apelou ontem ao esforço da sociedade civil em aceitar a diferença e respeitar a dignidade de todas as pessoas independentemente da sua orientação sexual e identidade de género.
Natércia Gaspar, que falava durante a apresentação pública da Associação LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) Pride Azores, na cidade da Horta, no âmbito do Dia Internacional Contra a Homofobia que se assinalou ontem, disse mesmo que “o maior obstáculo neste caminho de promoção de direitos é a mudança de mentalidades que estão enraizadas em crenças pessoais, políticas, culturais e religiosas mas porque estão em causa direitos humanos há que, com muita humildade, trabalhar no sentido de inverter este estado de coisas”.
Para a governante regional, a luta contra a discriminação das cidadãs e cidadãos LGBT “é uma missão de todos porque estão em causa direitos humanos”.
Falando sobre o movimento associativo, Natércia Gaspar enalteceu a sua criação, considerando ser “um enorme passo para a representatividade das pessoas LGBT que vivem nos Açores, para a defesa dos seus direitos, para a luta contra a discriminação, para a sensibilização da sociedade, das famílias, das autoridades, entre outros”.
A 17 de maio de 1990 a Organização Mundial de Saúde aprovou e oficializou a retirada do Código 302.0 (Homossexualismo) da Classificação Internacional de Doenças, e declarou oficialmente que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio nem perversão”.
Por este motivo, explicou a Diretora Regional, o dia 17 de maio tornou-se “uma data simbólica e histórica para o movimento LGBT Mundial”, que tem vindo a promover espaços de consciencialização pública em todas as regiões do mundo, com o objetivo de chamar a atenção das pessoas e dos governos para a necessidade de se criarem mecanismos de combate à homofobia.