O Diretor Regional do Desenvolvimento Rural afirmou que os Açores vão alargar o âmbito da candidatura de cobertura dos seguros de colheitas ao granizo e aos incêndios para tornar o mercado regional mais apetecível às seguradoras.
“Foram apresentadas e discutidas as alterações das portarias regionais relativas aos seguros de colheitas, que está previsto na Medida 17 do PRORURAL+. Essas alterações baseiam-se na inclusão da cobertura de mais dois riscos, nomeadamente a queda de granizo e incêndios”, salientou Fernando Sousa, que falava no final de uma reunião com a Direção do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), em Lisboa.
Inicialmente, a candidatura açoriana de seguros de colheitas previa apenas cobrir chuvas torrenciais e ventos fortes, o que não se revelou muito apelativo do ponto de vista das seguradoras com quem o Executivo teve reuniões de trabalho.
Apesar de não haver ainda uma data para a disponibilização aos agricultores açorianos dos seguros de colheitas, Fernando Sousa assegurou que o Executivo está a trabalhar para que estes seguros sejam uma realidade o mais cedo possível.
As alterações agora propostas motivaram alguns atrasos no processo, devido à necessidade de se proceder à recolha de dados oficiais referentes ao histórico regional no que diz respeito a estes dois riscos.
Fernando Sousa disse que, agora, o passo seguinte será submeter as alterações feitas à validação da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensão, de forma a que seja autorizada a apólice uniforme para a Região Autónoma dos Açores quanto aos seguros de colheitas.
Nesta reunião em Lisboa, o Diretor Regional do Desenvolvimento Rural reforçou também a necessidade de o arquipélago estar coberto pelo seguro vitícola, visto que essa situação está omissa na legislação nacional vigente.
“Tive a garantia por parte do Presidente do IFAP de que vai trabalhar nesta matéria, ou seja, vai proceder à alteração da legislação e propor ao Ministro da Agricultura que fique incluída a Região Autónoma dos Açores também no que diz respeito ao seguro vitícola português”, afirmou Fernando Sousa.