Os Açores, no âmbito da estratégia de captação de investimento externo implementada pelo Governo Regional, participam no III Encontro de Investidores da Diáspora, que decorre até sábado, em Penafiel, onde se apresentam como “uma terra de oportunidades de negócio” perante cerca de 700 investidores, oriundos de mais de 30 países.
“Este encontro permitiu-nos reafirmar a Região como uma terra de oportunidades”, salientou o Presidente do Conselho de Administração da SDEA - Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores, que destacou as condições favoráveis ao investimento existentes no arquipélago.
Numa intervenção num dos painéis promovidos no âmbito deste encontro, Vítor Fraga realçou a “elevada estabilidade política, económica e social” dos Açores, conferindo confiança aos investidores.
Este encontro permitiu também, disse Vítor Fraga,, dar a conhecer “o ecossistema mais favorável aos negócios” que foi criado pelo Governo dos Açores, designadamente através do “mais abrangente e atrativo sistema de incentivos da União Europeia”.
O Presidente da SDEA salientou, a propósito, que os projetos englobados pelo Subsistema de Base de Fomento à Exportação podem beneficiar de apoios até 65% do investimento a fundo perdido, além de significativos apoios à criação de novos postos de trabalho.
“Afirmamo-nos ainda como a parcela do território nacional com menor carga fiscal e um sistema próprio de benefícios fiscais contratuais”, afirmou, acrescentando que estes encontros têm permitido também demonstrar que os Açores beneficiam de uma “grande proximidade aos centros de decisão”.
Vítor Fraga realçou a localização geográfica dos Açores, que permite, nomeadamente ao nível do fuso horário, “desenvolver a atividade empresarial abrangendo parte dos horários laborais, quer da América do Norte, quer da Europa”.
“Dispomos de competitividade global, sendo hoje possível chegar às principais capitais europeias e cidades do Norte da América no mesmo dia”, frisou o administrador da entidade tutelada pela Vice-Presidência do Governo.
Além da forte aposta na inovação, através de medidas de incentivo implementadas pelo Governo dos Açores, o responsável da SDEA salientou aos potenciais investidores os “recursos naturais do arquipélago, quer ao nível dos seus produtos endógenos, quer ao nível do património paisagístico”.
“Não esquecendo a Zona Económica Exclusiva (ZEE), que representa 55% da nacional e 15 % da europeia” e que, “no âmbito da extensão da plataforma continental, os Açores dão uma outra dimensão a Portugal, permitindo a extensão da sua ZZE para quatro milhões de km2, ou seja, 40 vezes a dimensão de Portugal continental”, afirmou.
A participação da Região em mais um encontro de investidores da Diáspora permitiu também distinguir “o património histórico e cultural invejável dos Açores, a sua hospitalidade ímpar, que alia a modernidade à autenticidade” e os “elevados padrões de qualidade de vida, alicerçados em uma das regiões mais seguras do mundo, em sistemas de Saúde e de Edução de qualidade e ainda em princípios ambientalmente sustentáveis”.
Relativamente à importância da presença da Região nesta iniciativa, Vítor Fraga revelou que "13 dos 17 projetos ou intenções de investimento com origem na Diáspora apresentados desde 2013, no montante de 40 milhões de euros e a criação prevista de 170 postos de trabalho”, surgiram na sequência do II Encontro, realizado no ano passado, em Viana do Castelo, e do encontro intercalar, que teve lugar em julho, na Praia da Vitória.
Destes projetos, seis já se encontram em execução e sete são intenções de investimento em acompanhamento e correspondem a um investimento privado de 35,5 milhões de euros e à criação prevista de mais 130 novos postos de trabalho.
Nesse sentido, frisou Vítor Fraga, 77 por cento dos projetos com origem na Diáspora surgiram depois da participação e envolvimento do Governo dos Açores, através da SDEA, naqueles dois encontros de investidores da Diáspora.