Ana Cunha afirma que abastecimento ao Corvo continuará a ser feito de forma independente das Flores
A Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas afirmou que o abastecimento por via marítima à ilha do Corvo vai continuar a ser realizado diretamente a partir do Faial, pelo navio 'Lusitânia', sem passar pela ilha das Flores.
"A ideia é separar, não misturar as Flores com o Corvo neste momento no que se refere ao abastecimento, porque os condicionalismos de porto que se verificam num lado não se verificam no outro e não vamos prejudicar o Corvo por causa disso", salientou Ana Cunha, que falava quarta-feira no final de uma reunião com o Presidente da Câmara do Corvo, frisando que se optou por "abastecer diretamente o Corvo a partir do Faial”.
A Secretária Regional adiantou que “há ainda a possibilidade de se melhorar esse abastecimento, nomeadamente através de outro navio”, recordando que a empresa de tráfego local Barcos do Pico tem um outro navio em estaleiro, o 'Cecília A', que "tem outra capacidade e que, ficando pronto, poderá ser uma das possibilidades”.
Este abastecimento será realizado sempre com periodicidade semanal.
“Enquanto for tráfego local, a periodicidade tem que ser semanal, estando sempre nós atentos àquelas que são as existências em termos de ilha, para que, caso que se justifique, se realizem viagens suplementares do tráfego local”, afirmou a titular da pasta dos Transportes.
“Isto não quer dizer que fiquemos por aqui, estamos continuamente a trabalhar na procura de melhores soluções e estas são as que estão neste momento em cima da mesa, são as soluções provisórias”, acrescentou.
Ana Cunha frisou ainda que “as empresas do tráfego local têm sido imprescindíveis no abastecimento às ilhas do Grupo Ocidental".
"Temos contado com a colaboração delas de uma forma inexcedível, mas dentro daquelas que são as limitações destas empresas”, afirmou.
A Secretária Regional recordou que “houve uma viagem cancelada, por motivo de mau tempo na passada semana”, sendo que “esta semana prevê-se uma melhoria das condições do tempo a partir de sexta-feira e, portanto, está prevista a realização da viagem do 'Lusitânia'”.
“Na primeira viagem, a capacidade para quatro paletes de frio que o 'Lusitânia' apresenta que não foram utilizadas e houve, como sabem, indicação de que estariam em falta bens congelados, que seguirão nesta viagem”, disse.
Ana Cunha referiu ainda, “para além da constante monitorização" que é feita pela Direção Regional de Apoio ao Investimento e à Competitividade, relativamente às existências de bens essenciais, e pelo Fundo Regional de Coesão, quanto às existências de combustível, "a colaboração do Presidente da Câmara Municipal do Corvo, entre outras entidades da ilha, que ajudam nessa monitorização, ou alertam para alguma situação pontual mais premente”.
A Secretária Regional salientou ainda que uma das grandes preocupações transmitidas pelo Presidente da Câmara Municipal, “além da regularidade do abastecimento e do seu reforço, se possível com outro navio, com outra capacidade”, foi a “comunicação aos agentes da ilha sobre a frequência dos abastecimentos, as datas dos abastecimentos, a capacidade dos abastecimentos”.
“Precisamente para não acontecer, por exemplo, o que aconteceu com as quatro paletes de frio na primeira viagem, que seguiram sem utilização, optámos por, numa página [da Internet] da Direção Regional dos Transportes, passar a concentrar toda a informação necessária relativamente ao abastecimento, quer do Corvo, quer das Flores”, adiantou Ana Cunha, acrescentando que "essa informação constará e será atualizada numa base semanal, para além das habituais formas de comunicação que já vinham sendo utilizadas até agora, através do envio de emails para determinado conjunto de agentes que têm interesse direto em saber desse abastecimento”.
Para Ana Cunha, esta página permitirá a “concentração da informação num sítio só, a uniformização dessa informação, que, da nossa parte, o trabalho está concentrado essencialmente no Fundo Regional de Coesão, na DRAIC e na Direção Regional dos Transportes, e, obviamente, com a colaboração das empresas de tráfego local e dos transitários que recebem os pedidos de carregamento de carga”.