Direção Regional de Prevenção e Combate às Dependências propõe Guia de Procedimentos para evitar recaídas de toxicodependentes
A Diretora Regional de Prevenção e Combate às Dependências propôs ontem, a elaboração de um Guia de procedimentos de articulação e acompanhamento, com vista a uma preparação precoce do pós-alta de utentes em tratamento, como forma de minimizar a probabilidade de recaída.
“Os trajetos de reabilitação das pessoas com problemas de uso e abuso de substâncias psicoativas são, por norma, lentos e difíceis, implicando intervenções globais, devendo as medidas de facilitação da inserção serem sistémicas e intersectoriais” referiu.
Suzete Frias, que falava, em Ponta Delgada, à margem de uma reunião com a Associação ARRISCA - Associação Regional de Reabilitação e Inserção Sociocultural dos Açores, adiantou que esta proposta deverá ser estendida a pessoas inseridas em programas livres de Drogas em regimes de internamento ou em ambulatório.
A medida insere-se num trabalho de articulação desenvolvido, entre a Direção Regional de Prevenção e Combate às Dependências (DRPCD) as Comunidades Terapêuticas e Entidades mediadoras, ao longo os últimos meses.
“A DRPCD visitou as Comunidades terapêuticas convencionadas com a região, no sentido de potenciar a articulação entre estas e as entidades encaminhadoras por forma a potenciar a sustentabilidade da abstinência pós-tratamento e a facilitar a devolução da pessoa à sua comunidade”, frisou.
Outra das preocupações manifestadas pela Diretora Regional refere-se à inserção profissional dos utentes que terminam os tratamentos, como fator de sustentabilidade dos projetos de reabilitação.
“Ter um emprego significa ser autónomo na obtenção do sustento, mas, sobretudo, é um meio de realização pessoal, de aprendizagens e treinos relacionais e vivências, indispensável à vida em sociedade” salientou.
Este encontro teve ainda como propósito a avaliação das atividades de promoção da saúde e de estilos de vida saudáveis desenvolvidas pela ARRISCA, com vista ao aumento da qualidade e da eficácia das intervenções, a desenvolver no próximo ano.