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29-01-2020

Governo dos Açores ausculta população no âmbito do projeto de requalificação do Miradouro da Lagoa do Fogo


O Governo dos Açores promoveu uma sessão pública no âmbito do projeto de requalificação do Miradouro da Lagoa do Fogo, em São Miguel, que permitiu, segundo o Diretor Regional do Ambiente,“ouvir, esclarecer e recolher sugestões da população”.

“O que queremos é obter o máximo de consenso, ouvir as pessoas, acolher as suas sugestões com vista a uma decisão ajustada, tendo em conta aquilo que é uma gestão adequada da reserva natural e que salvaguarde o património ambiental daquela área protegida”, afirmou Hernâni Jorge.

O Diretor Regional, que falava segunda-feira, no final desta sessão aberta à população, salientou que este é um momento necessário para “as pessoas transmitirem as suas opiniões, colocarem as suas questões, esclarecerem as dúvidas”, mas também para que possam trazer “algum contributo e solução com vista à melhoria e adequação do projeto final”.

“A única opção que não é solução é não fazer nada e continuar a permitir a degradação da paisagem e do acesso à Lagoa do Fogo, nomeadamente às Cumeeiras e ao interior da Cratera, a partir da zona do atual miradouro”, frisou.

Segundo o Diretor Regional, “qualquer solução que cumpra os objetivos de gestão e de conservação do património natural naquela área protegida é bem-vinda e será, naturalmente, ponderada e refletida no projeto final”.

Hernâni Jorge considerou que esta intervenção é “absolutamente necessária” porque permite uma gestão “ativa e integrada” dos visitantes, “independentemente de serem turistas ou locais”, fator preponderante do ponto de vista da gestão de uma área protegida para quem tem “responsabilidade em matéria de conservação da natureza”.

“É uma intervenção feita e desenvolvida para preservar o património natural da Lagoa do Fogo, enquanto uma das zonas mais procuradas da ilha de São Miguel”, sublinhou.

“Aquilo que nos move é preservar o património natural, certamente relevando as questões sociais e culturais”, mas também o que é a vontade das pessoas, sejam residentes na ilha de São Miguel ou visitantes, no que diz respeito à fruição daquela paisagem, “que não podemos, enquanto gestores do património natural, comprometer”, afirmou o Diretor Regional.

“Disponibilizamo-nos para uma reunião com os guias do parque natural e de animação turística de São Miguel para ouvir as suas sugestões quanto ao controlo dos acessos à Reserva Natural”, salientou Hernâni Jorge, sublinhando também “a importância de se promover a mobilidade sustentável e, nesse contexto, ponderar alternativas de transporte para os visitantes".

O Diretor Regional referiu, no entanto, que "tal não pode ser confundido com os objetivos de gestão e preservação do património natural, subjacente à proposta de intervenção apresentada”.

Autor: GaCS/HMB

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