À semelhança do que tem ocorrido ao nível do Continente Português, o Arquipélago dos Açores encontra-se também sob influência de uma massa de ar proveniente dos desertos do Norte de África, que transporta poeiras em suspensão, aumentando as concentrações de partículas inaláveis de origem natural no ar.
As duas estações de monitorização de qualidade do ar instaladas na ilha de S. Miguel apresentam, desde a noite do dia de ontem, 30 de março, valores elevados de partículas em suspensão, podendo em alguns casos atingir valores na ordem dos 70 µg/m3 de PM10. Embora este fenómeno seja natural, afeta a qualidade do ar ambiente dos Açores.
A Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, através da Direção Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, está a acompanhar esta situação, divulgando ao público a informação da qualidade do ar e os valores medidos nas estações de monitorização através do Portal da Monitorização da Qualidade do Ar que pode ser acedido aqui.
Recomenda-se, aquando da ocorrência destes fenómenos provocados por partículas/poeiras de origem natural e enquanto os mesmos se mantiverem, o seguimento dos conselhos da Direção-Geral de Saúde:
- A população em geral deve evitar os esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes;
- Os seguintes grupos de cidadãos, pela sua maior vulnerabilidade aos efeitos deste fenómeno, para além de cumprirem as recomendações para a população em geral, devem, se possível, permanecer no interior dos edifícios com as janelas fechadas:
- Crianças;
- Idosos;
- Doentes com problemas respiratórios crónicos, principalmente asma;
- Doentes do foro cardiovascular.
- Os doentes crónicos devem manter os tratamentos médicos em curso;
- Em caso de agravamento de sintomas contactar a Linha de Saúde Açores (808 24 60 24) ou procurar uma unidade de saúde.