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Critério D10C2 da DQEM


A avaliação da presença de lixo microscópico na orla costeira, camada superficial da coluna de água e fundos marinhos, baseou-se nos resultados dos projetos AZORLIT e LIXAZ.

Orla costeira

Os dados reportados no 2º relatório da DQEM, referentes à abundância de microplásticos nas praias da região, foram recolhidos entre fevereiro de 2016 e março de 2018. As amostras foram recolhidas mensalmente em 4 praias do arquipélago (nomeadamente, Praia da Calheta, Praia, Praia da Areia e Porto Pim). Em cada monitorização amostraram-se dois níveis de acumulação com 4 replicados com quadrados de 50 x 50 cm em cada um dos níveis, retirando apenas 1 cm da camada superior de sedimento (MM, SRMCT e SRAAC, 2020).

Foram realizadas 96 amostragens, no período suprarreferido, e o tamanho dos itens de lixo recolhidos foi classificado entre 1 e 5 mm (MM, SRMCT e SRAAC, 2020). A Praia de Porto Pim revelou ser significativamente a mais poluída com um valor médio de 103.17 itens por Kg de sedimento seco e a Praia da Areia logo a seguir com 14.42 itens (MM, SRMCT e SRAAC, 2020). Apesar de 3 anos de dados não serem suficientes para verificar tendências do microlixo, foi possível ter uma noção do impacto que representam.

A grande quantidade de microlixo observada poderá estar ligada à proximidade do giro subtropical do Atlântico Norte, o que se reflete numa concentração de microlixo maior nas praias orientadas para os ventos predominantes de Sul/Sudoeste.

Coluna de água

Entre julho de 2017 e outubro de 2018, foram realizadas 46 amostragens de microplásticos na coluna de água em 4 áreas à volta da ilha do Faial (Praia do Norte, Praia do Almoxarife e Porto Pim), na qual foi analisada a fração de lixo marinho maior que 1 mm e a abundância calculada em nº itens por Km2 (MM, SRMCT e SRAAC, 2020).

Segundo os resultados reportados, a densidade de partículas foi significativamente maior na área junto à Praia de Porto Pim com uma média de 228 277 itens/Km2, demonstrando que o input de lixo marinho nesta praia é bastante acentuado (MM, SRMCT e SRAAC, 2020). Na área da fajã da Praia do Norte, a média também revelou ser bastante elevada, com 83 940 itens/Km2, podendo ser explicado pela proximidade a uma antiga lixeira junto à costa (MM, SRMCT e SRAAC, 2020). Não foi possível avaliar a situação geral no arquipélago por apenas ter sido analisada na ilha do Faial, mas pôde-se prever a situação principalmente nas ilhas mais povoadas.


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