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A Paisagem das Furnas




A singularidade da paisagem das Furnas é justificada pela conjugação de caraterísticas naturais e culturais, que a distinguem de outras, no contexto regional, e lhe conferem um caráter único a nível nacional e internacional.

Em termos regionais, esta paisagem distingue-se pelas caraterísticas geomorfológicas, situando-se no interior de uma cratera limitada por vertentes de declive acentuado ou mesmo abrupto. Esta paisagem destaca-se ainda da envolvente nas suas caraterísticas culturais. O padrão de povoamento linear concentrado no fundo do vale contrasta com os povoamentos lineares ao longo da costa (Ponta Garça), ou ao longo das cumeadas (Lombas e Povoação).
 
O uso do solo diversificado onde atividades agrícolas se articulam harmoniosamente com uma paisagem de recreio e lazer, visual e geograficamente limitadas por vertentes e maciços de grande imponência, é distinto das paisagens onde dominam as atividades rurais da Povoação, Lombas e Ponta Graça, ou ainda as pastagens da Achada das Furnas ou as florestas e matos endémicos da Serra da Tronqueira.

A área de paisagem protegida das Furnas, com 3150 ha, situa-se no interior de uma caldeira que resultou do colapso da estrutura de um dos vulcões mais ativos de São Miguel, o vulcão das Furnas. A geomorfologia e hidrologia singular desta caldeira conduziu à classificação desta área como área de paisagem protegida. Destacam-se na paisagem, a lagoa das Furnas e os fenómenos de vulcanismo secundário, tais como os campos fumarólicos e as nascentes de águas termais, assim como a povoação das Furnas e o vale da Ribeira Quente.

1ª Unidade de Paisagem da Lagoa das Furnas
É o extenso plano de água, complementado pela existência das caldeiras e fumarolas a Norte, que centralizam a composição desta paisagem e determinam a existência de elevadas potencialidades para o recreio e lazer. Ao longo da sua margem foram-se estabelecendo as atividades humanas de produção e de lazer, ocupando uma estreita faixa de contacto entre o plano de água e as vertentes abruptas que a limitam. Aqui localizam-se importantes valores culturais que testemunham a evolução desta paisagem e que constituem importantes elementos patrimoniais representativos da arte paisagística do séc. XIX: a Mata de José do Canto e a Mata da Grená. Posteriormente, assistiu-se à construção, nestas margens, de residências de veraneio com os respetivos jardins. As terras altas da Achada das Furnas integram esta unidade, que apresenta várias subunidades enunciadas na Fase B da elaboração do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas.

2ª Unidade do Povoado das Furnas

No fundo vale de terrenos férteis e abrigados, com o conjunto das fumarolas, caldeiras, nascentes e ribeiras, que constituíram o fator de atração inicial, potenciando usos e atividades que atualmente coexistem. Esta subunidade caracteriza-se pela presença de um núcleo principal constituído pelo povoamento linear, as áreas agrícolas de regadio e pomares, os jardins e parques e ainda a zona termal. Esta ocupação permite interpretar a evolução da paisagem das Furnas desde as atividades agrícolas associadas aos colonos e aos jesuítas, os pomares e matas associadas aos proprietários privados e, finalmente, a paisagem de recreio associada às residências, jardins e matas ajardinadas, representativas da arte paisagista do séc. XIX. É neste núcleo central que os diferentes usos permitem delimitar zonas homogéneas, cuja interligação e articulação proporcionam uma diversidade paisagística sem par na ilha de S. Miguel. Os parques e jardins intercalam-se com zonas cultivadas de inhame e ainda alguma compartimentação com sebes, ao longo das ribeiras e ocupando células delimitadas pelo povoamento linear característico desta localidade. Acresce a esta diversidade central, a paisagem termal caracterizada pelas fumarolas e caldeiras, alguns edifícios associados aos banhos privados e públicos e respetivos jardins públicos de enquadramento.

3ª Unidade do Vale da Ribeira Quente
Carateriza-se pelo relevo muito acentuado, não apresentando praticamente povoamento ou ocupação agrícola. Esta zona apresenta uma acessibilidade fortemente condicionada, sendo principalmente ocupadas por espécies florestais de produção e vestígios de vegetação endémica. Apresentam, no entanto, elevado interesse paisagístico e ambiental, pela possibilidade de se estabelecerem corredores ecológicos com as vertentes da Lagoa e das Furnas e por apresentarem situações de elevado interesse visual. Destaca-se a estrada ao longo do vale da Ribeira Quente, onde vegetação ornamental e quedas de água constituem elementos de elevada importância e de valorização paisagística.


A Convenção Europeia da Paisagem nas Furnas

 

 

     




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