O Governo dos Açores, através do Fundo Regional para a Ciência e Tecnologia (FRCT), apresenta em Lisboa, durante o workshop EuroGEOSS, de 3 a 5 de julho, os resultados preliminares da implementação do projeto Marine Earth Observation (Marine-EO), o primeiro projeto transnacional europeu na modalidade de parceria para inovação no domínio da observação da Terra.
Esta rede internacional, que reúne um grupo de uma centena de governos, desenvolve um plano estratégico para que as decisões e ações sejam apoiadas em sistemas altamente desenvolvidos e tecnologicamente avançados a partir de dados de observação da Terra.
Coorganizado pela Comissão Europeia e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, o workshop vai focar-se na criação de sinergias entre os vários projetos que estão a ser desenvolvidos a nível internacional, bem como discutir e rever a implementação desta iniciativa na Europa.
Durante a sessão plenária do primeiro dia serão apresentados os resultados preliminares da implementação do Marine-EO nos Açores, Portugal continental, Espanha, Grécia e Noruega.
Segundo o Diretor Regional da Ciência e Tecnologia, pretende-se também demonstrar “como as parcerias para a inovação e a customização de produtos Copernicus, a partir das necessidades dos utilizadores finais, está a impulsionar todo um mercado tecnológico à escala global”.
O projeto Marine-EO, que visa o desenvolvimento de serviços inovadores e não disponíveis no mercado, baseados no programa Copernicus, destinado a desenvolver serviços de informação com base em dados de observação terrestre, está no final da segunda fase de implementação.
Durante o último trimestre deste ano, o projeto vai avançar para a terceira e última fase para a demonstração em cenários reais de quatro soluções nas áreas da Monitorização Marinha e Segurança Marítima, através de um investimento conjunto de 3,4 milhões de euros.
Entre as principais inovações que já foram verificadas na fase de prototipagem, conta-se a criação de produtos Copernicus específicos para a sub-região do Atlântico Norte, onde se inclui os Açores, que até ao momento apenas estavam disponíveis em produtos globais CMEMS (Copernicus Marine Environment Monitoring Service), além da possibilidade de fazer vigilância marítima com base em dados dos satélites Sentinel 1 e 3.
Em ambos os serviços foram desenvolvidos novos algoritmos, através de um processo de pesquisa e inovação industrial, que ainda não estão disponíveis no mercado mundial.
Está prevista para os Açores uma demonstração das capacidades deste sistema em ambiente operacional real durante o primeiro semestre de 2020.