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Água de Pau 20-04-2009

Intervenção do presidente do Governo na inauguração da requalificação urbanística das margens da Ribeira de Santiago


Texto integral da intervenção do presidente do Governo, Carlos César, na inauguração das obras de requalificação urbanística das margens da Ribeira de Santiago, em Água de Pau:

 

“Assinalamos, hoje, através deste acto público simbólico, a conclusão de uma importante obra de requalificação urbanística nesta Vila de Água de Pau.

 

Trata-se, em boa verdade, de uma obra que, para além de contribuir para a valorização dos espaços em causa, permitiu ultrapassar duas situações que careciam de urgente intervenção e que afligiam o Governo e a Câmara Municipal: por um lado, a correcção e regularização de um importante troço da Ribeira de Santiago, face à necessidade imperiosa de se prevenir e controlar a ocorrência de cheias; e, por outro, a consolidação e contenção estrutural da vertente ao longo da Rua dos Ferreiros, cuja instabilidade constituía um perigo constante e por todos reconhecido.

 

O investimento efectuado, superior a 1,4 milhões de euros, foi, por essas razões, uma despesa justificada, a qual, à semelhança de tantas outras que temos feito, demonstra a importância que o Governo tem dado, e continuará a dar, às questões da segurança e da protecção das pessoas e bens nas nossas ilhas.

 

Sabemos que não podemos eliminar completamente os riscos, mas continuaremos a actuar no sentido de os reduzir. É justamente o que fizemos nesta obra da Ribeira de Santiago.

 

A obra que estamos a inaugurar resultou da necessidade de se corrigirem erros de planeamento e ordenamento cometidos ao longo de várias décadas. Erros que resultaram de decisões menos acertadas ou, simplesmente, da falta de conhecimento. O que não devemos aceitar é que, de futuro, aqui ou em qualquer outro lugar, se cometam os mesmos erros.

 

Importa, assim, que, quer as entidades públicas e privadas empreendedoras, quer os cidadãos em geral, tomem consciência de que vivemos em ilhas com riscos e experiências por vezes dramáticas – em consequência de sismos, cheias, escorregamentos de terras, entre outros fenómenos naturais – e que, por isso mesmo, não podemos alterar e intervir desordenadamente no meio natural, pois, certamente, sofreremos mais tarde com isso.

 

 Muitas vezes, as pessoas não compreendem porque é que as câmaras ou os governos deixam ou não construir, ou arrotear, ou viver num sítio e não em outro, mas quando as consequências negativas se fazem sentir logo nos lembramos do que foi feito e não deveria ter sido, ou do que foi autorizado e não deveria ter sido. É, exactamente, por isso que temos de ser mais firmes e mais atentos no planeamento e na gestão territorial.

 

É neste contexto que o Governo Regional – contando com a participação das câmaras municipais, das juntas de freguesia e dos cidadãos em geral – vai redefinir a Reserva Ecológica Regional, num trabalho que terá uma base de fundamentação científica, mas que assentará numa forte determinação em garantir as estratégias e a regulação mais adequadas à qualificação dos Açores como um lugar mais seguro para se viver.

 

Sabemos bem como a defesa do ambiente e a protecção dos recursos naturais é, nos dias de hoje, uma tarefa mais exigente e inadiável, e, apesar da qualidade das nossas ilhas nessa referenciação, são muitos os aspectos em que não podemos, de facto, perder tempo.

 

As nossas atenções não podem estar, assim, simplesmente dirigidas para a minimização dos riscos naturais. Preocupam-nos, igualmente, outras situações que ainda temos, como a falta de saneamento básico em zonas densamente povoadas ou a deposição incontrolada de resíduos e em locais inapropriados.

 

Por essa razão, constitui motivo de regozijo para o Governo verificar que a Câmara Municipal da Lagoa está a terminar as obras de saneamento básico em Água de Pau, passando a cobrir todo o concelho com este tipo de infra-estrutura ambiental.

 

A obra da Câmara da Lagoa, conjugada com a intervenção do Governo de requalificação urbanística, vai ampliar o impacte favorável do investimento agora efectuado, pondo fim a um dos aspectos mais negativos que era o do lançamento de águas residuais para o leito da ribeira.

 

Aliás, também ao nível das águas residuais o Governo Regional está a produzir legislação específica, estando concluído, para efeitos de apreciação e aprovação no parlamento, um diploma relativo ao novo Regime Jurídico da Recolha, Tratamento e Descarga de Águas Residuais Urbanas, que irá contribuir para uma melhor definição desta matéria e para a mais adequada planificação de investimentos nas zonas onde efectivamente é necessário intervir.

 

Estão, de resto, em preparação, para desenvolvimento imediato, novos processos de empreitadas na área da protecção da orla costeira e da valorização dos recursos hídricos, realçando, no concelho de Lagoa, a reparação e reforço da protecção da orla costeira no portinho de S. Pedro e a abertura do concurso para a protecção da orla marítima adjacente à Rua da Rocha Quebrada.

 

Tal como estamos a fazer, ou já fizemos, no litoral das nossas cidades – em Ponta Delgada com o projecto governamental das Portas do Mar, em Angra com o Projecto Integrado da Baía de Angra do Heroísmo que ainda não está concluído, na Praia da Vitória apoiando a avenida litoral e a requalificação do Paúl, na Ribeira Grande com o Passeio Atlântico e na Horta com o porto de passageiros e reordenamento da baía – vamos, também, preparar o nosso contributo na Lagoa.

 

O Governo, na sequência dos projectos de valorização e aproveitamento da orla costeira da Vila da Lagoa que a Câmara Municipal está a projectar, afirma, hoje, a sua disponibilidade para ajudar o Município no arranque desses importantes investimentos ainda nesta legislatura.

 

Estamos, deste modo, determinados – Governo e Câmara – em mostrar como a conjugação de esforços pode continuar a fazer muito pelo progresso deste concelho e pelo progresso dos nossos Açores”.

Autor: GACS/CT

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