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Ponta Delgada 22-07-2009

Qualidade da água da Lagoa das Furnas revela ligeiras melhorias


Imagem: DROTRH

Os resultados obtidos em 2008, no âmbito do estudo da evolução da qualidade da água, dos desenvolvimentos de cianobactérias e da toxicidade na Lagoa das Furnas, desenvolvido pela Universidade Nova de Lisboa, em colaboração com a Direcção Regional do Ordenamento do Território e dos Recursos Hídricos, indicam que a qualidade da água da lagoa registou em 2008 alguma melhoria relativamente ao que tinha sido encontrado em anos anteriores, nomeadamente em 2007.

A transparência da água em 2008 situou-se entre 0,6m e 1,5m, sendo o valor mais baixo (0,6) superior ao mínimo de 0,2m observado na amostragem de Verão de 2007. A profundidade da zona eufótica localizou-se entre 1,63m e 4,06m.

Apesar de se verificar ter havido uma melhoria muito ligeira do estado trófico da lagoa relativamente ao que tinha sido observado em 2007, os valores de TSI relativos aos parâmetros transparência da massa de água (TSI entre 54,2 e 67,4), fósforo total (TSI entre 52,7 e 66,6) e clorofila a (TSI entre 51,4 e 63,9) deram origem a TSI médios superiores a 60 no Inverno, Primavera e Outono, classificando a lagoa como eutrófica e hipertrofia em alguns parâmetros.

A densidade fitoplanctónica diminuiu em 2008 relativamente a 2007, sobretudo depois do enorme desenvolvimento detectado no Inverno daquele ano, aquando da ocorrência do maior “bloom” de cianobactérias até hoje registado na lagoa das Furnas, cujo aspecto macroscópico do “bloom”, conferiu à água uma forte tonalidade azul-esverdeada e um cheiro intenso e muito desagradável, indicando ter-se tratado de uma situação completamente anormal, mesmo para um meio eutrofizado como a Lagoa das Furnas. O fenómeno foi, na altura, atribuído à actividade de uma exploração localizada nas imediações da lagoa.

Em 2008, a classe Cyanophyta voltou a apresentar uma dominância acentuada sobre as restantes classes fitoplanctónicas, representando 89% a 99% do total. Foram identificadas cinco a oito espécies de cianobactérias nas quatro amostragens realizadas. Algumas das espécies com desenvolvimentos mais significativos, nomeadamente Microcystis aeruginosa, Woronichinia naegeliana, Coelosphaerium kuetzingianum e Microcystis robusta, são espécies potencialmente produtoras de toxinas.

Tal como em 2005, 2006 e 2007, todas as amostras de água recolhidas em 2008 na Lagoa das Furnas revelaram conter cianotoxinas tanto intracelulares como em solução.

Os resultados obtidos em 2008 e nos anos precedentes indicaram não existir uma relação directa entre a concentração de cianotoxinas e a densidade celular das espécies de cianobactérias que florescem na Lagoa das Furnas, pelo que a produção daqueles compostos poderá estar a ser condicionada por factores ambientais ainda não identificados.

Desta forma, apesar de a densidade de cianobactérias ter sido menos elevada em 2008 que no ano precedente, os “blooms” continuaram em permanência na Lagoa das Furnas pelo que a direcção regional continua a manter a situação sob vigilância para evitar problemas de saúde pública que possam vir a ocorrer.

Além disso, não obstante estarem em curso medidas de intervenção na bacia hidrográfica, ao abrigo do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas, que visam a diminuição das afluências de nutrientes à massa de água, será mantido em funcionamento o sistema de arejamento hipolimnético da lagoa até Outubro/Novembro, para evitar a formação de estratificação térmica na massa de água e concomitantemente a ressolubilização dos nutrientes durante os períodos de estratificação térmica. As variações da pressão hidrostática induzidas pelo funcionamento do sistema de arejamento contrariam igualmente a proliferação das cianobactérias que preferem condições calmas para se desenvolverem.

Autor: DROTRH/DSRH

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