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Faial 27-04-2012

Carlos César lembra que os Açores não abdicarão das potencialidades do mar que os rodeia


O Presidente do Governo dos Açores qualificou hoje de “irónica coincidência” a evidente analogia entre o contexto económico, financeiro e social vivido no mandato do antigo presidente norte-americano Roosevelt e a situação atual.


Falando na sessão de abertura do III Fórum Açoriano Franklin Delano Roosevelt, que decorre na cidade da Horta subordinado ao tema “O Mar na perspetiva da História, da Geoestratégia e da Ciência”, Carlos César apontou factos que marcam a presente crise para dizer que são semelhantes aos vividos no tempo do patrono desta reunião organizada em parceria pelo Governo Regional e a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

“Submetidos, em Portugal, às consequências de uma crise financeira internacional – surgida de forma mais abrupta em 2008 em virtude de más práticas bancárias e fiduciárias especulativas, e rapidamente transformada em crise das dívidas soberanas com dimensões económicas e sociais ainda imponderadas em vários países europeus –, olhamos para o legado de Roosevelt com o sentimento e a perceção de que o passado e a forma como neles os acontecimentos e as orientações se processaram não são dissociáveis do momento e dos desafios do presente”, disse.

O reexame do atual “pesado ciclo de contração económica e declínio social na Europa” – à luz das consequências da Grande Depressão e do “New Deal” que se lhe seguiu – leva o Presidente do Governo Regional a considerar que as respostas à crise têm de ter um envolvimento maior, como, por exemplo, ao nível da União Europeia, onde “será necessário agir com mais vigor.”

Para o governante, “muitas das grandes opções que têm de ser tomadas encontrariam, de certeza, melhores condições de sucesso e sustentabilidade se procurassem referências como as que Roosevelt, em 1936, aludia ao advertir que “equilibrar o nosso orçamento no pico do desemprego e da grande depressão teria sido um crime contra o povo americano”.”

Carlos César citou o estadista norte-americano para lembrar que Roosevelt considerava “confiscatória” a solicitação de uma contribuição da população para o referido equilíbrio orçamental em tempos de grave crise, como a que se vivia nos Estados Unidos, ou que se teria de “virar a cara com indiferença ao sofrimento humano”.

Citando ainda Roosevelt, recordou que o antigo presidente afirmou que “ a Humanidade veio primeiro” quando, simultaneamente, recusou a “redução acentuada ou a eliminação das funções de governo” em troca de “um equilíbrio imediato do orçamento”, apelando vigorosamente à proteção da cidadania.

Como quis acentuar Carlos César, “são convicções e apelos de impressionante atualidade na conjuntura portuguesa e europeia difícil que atravessamos” e que exigem uma ação internacional concertada.

O objetivo dessa ação seria, na sua opinião, o de “regular o livre arbítrio e a imoralidade das chamadas forças de mercado, que deterioram as democracias, a justiça, a transparência e a verdade nas relações económicas, esmagando empreendedores e consumidores e chantageando países, governos e instituições legítimas, afetando gravemente a estabilidade internacional.”

Mas, sendo o mar o centro das atenções deste Fórum, o Presidente do Governo dos Açores – afirmando que “o Mar é a verdadeira casa de todos os Açorianos; é onde estamos e é também o lugar de onde vemos o mundo – reiterou a convicção de que os três milhões de metros quadrados da plataforma continental em torno dos Açores abrem novos horizontes na gestão e aproveitamento dos recursos vivos e dos recursos minerais e energéticos.

Carlos César referiu, especificamente, “a presença de sulfuretos polimetálicos, com uma riqueza em cobre (um dos mais cobiçados metais da atualidade) que é mais de uma dezena de vezes superior à dos melhores minerados em terra, a que acrescem concentrações muito interessantes, e nalguns casos únicas, de muitos outros metais de grande valor comercial.”

Por outro lado, há também que ter em conta, como acentuou, “a existência de importantes jazidas de hidratos de metano nas zonas abissais que nos rodeiam, uma potencial fonte de energia para o futuro.”

Por tudo isso, defendeu que é um direito legítimo e um interesse dos Açores que o acesso partilhado a esses recursos “deva ser precedido pela criação de condições que permitam a sua exploração sustentável, o seu aproveitamento em benefício também da economia açoriana e o desenvolvimento da nossa capacidade científica e tecnológica.”

Alertando para a necessidade de acautelar os interesses açorianos – em consonância, aliás, com a legislação regional sobre arqueologia subaquática, domínio público marítimo, pescas e outras atividades – o Presidente do Governo disse que os Açores não abdicam de “salientar a sua condição influente nas questões marinhas que lhe são envolventes e criando condições para que os Açores estejam na linha da frente do estudo dos mares e das novas ciências azuis.”

Para Carlos César, “o Governo dos Açores assume o mar como um dos seus comprometimentos inalienáveis e como um compromisso plurigeracional”, considerando que o sucesso da função do “mar açoriano”, deve ser um dos pilares da política portuguesa para o sector.

Assegurando que o seu governo comunga com as autoridades nacionais as maiores ambições nesse domínio, sublinhou que “o mar é uma parte de nós e, por isso, sempre aceitámos que o valorizem mas nunca que o separem.”

Por fim, e relacionando o mar – designadamente o oceano Atlântico – com outra das potencialidades dos Açores, agora no domínio da geoestratégia, Carlos César salientou o papel de relevo da região, por exemplo nas relações Portugal-Estado Unidos por via da Base das Lajes.

Numa altura em que os norte-americanos reavaliam a sua presença naquela base, Carlos César recorda ter incitado, há já um ano, a diplomacia portuguesa no sentido de potenciar, de forma inovadora e liderante, as vantagens competitivas portuguesas da sua geografia e da sua plataforma insular atlântica.”

Como fez notar, já na altura se referia, em particular, “às oportunidades de diversificação de funções que se proporcionavam para o uso e revalorização da Base das Lajes que não foram devidamente indagadas.”

Concluindo, disse que “somos antigos, atuais e indiscutivelmente futuros aliados, porque nos animam valores e princípios comuns, mas é evidente que a presença física do dispositivo americano nos Açores dá uma ênfase a essa aliança que de outra maneira seria, e será, menos impressiva.”

PGR-Abertura III Fórum Roosevelt (Audio)

Autor: GaCS/CT

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